domingo, 25 de maio de 2008

todo dia, toda hora.


Sem música, sem nada. Hoje é dia de perceber o que não percebo todos os dias, pois, normalmente estou entretida com meus foninhos.E hoje eles me faltam! Então vejo o que acontece ao meu redor, um homem grita na praça, sem mesmo saber o que ele diz. Falando de Deus como se vivesse aquela verdade inconveniente que ele mesmo não coloca em prática, se esquecendo dele na hora de surrar seu filho ou na hora de comprar sua TV de plasma. Uma mulher que passa com seu filho espremido pela catraca pois não tem dinheiro para pagar a passagem.O som da vida passando conforme o ônibus pára e abre suas portas.O olhar de loucura das pessoas, cada vez mais comum, até em meus pensamentos vagos, meus pensamentos que questionam minha própria verdade, me fazem pensar em quem sou; enquanto minha vida passa e estou sentada em um banco de ônibus.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

diferença tão indiferente


Quando as diferenças acabam iguais e a distância não existe mais, você se vê entre dilemas e conflitos. Tudo acontece muito rápido, as coisas fogem de seu controle, e quando isso acontece como saber à hora de parar ou o momento de esperar? A vida é tão curta e não nos dá o direito de tentar domá-la. Ela resolve por si só as pendênciase se encarrega de fazer com que tudo acabe do jeito que deveria ser, mesmo que entre uma turbulência e outra, as coisas saiam um pouco de lugar, ligeiramente as colocando de volta em um lugar onde a janela da alma esteja mais a vista e você consiga ver o sol com mais nitidez, vindo com ela, maturidade.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Ainda inatingível

Procuro-te nos olhares perdidos, na canção predileta, nas manhãs geladas em que esquento minhas mãos na blusa de lã.Procuro-te em um infinito, infinito de sentimentos que quero lhe mostrar. Procuro-te no que é menos óbvio, pois não quero nada certo, nada comum, não me leva a mal, mas quero me surpreender nem que seja com uma simples surpresa, mas aquela que não me faça esquecer. Alguém que me faça sorrir, que me faça chorar, alguém que me entenda sem que eu precise explicar. Alguém que olhe para o infinito junto comigo, que grite por liberdade. Que saiba o valor das coisas simples, da simplicidade da vida. Ainda não achei alguém que me faça perder o juízo, alguém que me faça entender o que é o amor até eu não saber mais o que é isso. Alguém para que eu possa dedicar meus pensamentos, alguém para ler o que escrevo, alguém para ouvir quando eu canto. Não quero alguém para chamar de meu e sim dizer, sou sua. Que não tenha obrigação de ser eterno, mas que seja intenso.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

em um mundo de brinquedos


Chega uma hora em que a partida é inevitável. Nessa hora percebo como tudo ficou pequeno. Os pés grandes, com passos largos. O espaço não me suporta mais e eu não suporto mais esse espaço. O caminho é longo a perder de vista, me recebe de braços abertos com sede de mim, e quando nesse caminho eu entrar, meus pés a terra irá sugar sem olhar para traz, sem me arrepender do que fiz.

terça-feira, 13 de maio de 2008

dia e noite


Eu sem nada, você com tudo. A sorte não me pega mais rapaz, nem deixa o azar se aproximar. Diga-me adeus, pois nem a solidão me dói mais. Um dia nem tão bom, nem tão ruim assim, me faz querer sair daqui. Faz-me pensar em desistir! E antes o que era ruína, agora é sempre mais forte e sólido.